Em Portugal, a vida não é só no Algarve. A apenas 2 horas de vôo de Paris, a capital lusitana também esconde pequenas joias do golfe. A cidade, que goza de um clima bom quase todo o ano, atrai cada vez mais turistas franceses, principalmente devido ao contexto geopolítico. A ponto de ter destronado por três anos os espanhóis, até então líderes em número de visitantes estrangeiros.

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Completamente destruído por um terrível terremoto em 1755 (que inspirou o Candide de Voltaire, que com esta tragédia refutou a tese otimista de Leibniz sobre “o melhor de todos os mundos possíveis”), Lisboa é uma cidade à escala humana, típica, culturalmente rica e terrivelmente acidentada. Imperdível, o castelo medieval de São Jorge, aninhado nas alturas da cidade, oferece uma vista única sobre a vasta foz do Tejo, que se afoga no Oceano Atlântico. Ao longe, avistamos a estátua do Cristo Redentor, uma réplica daquela do Corcovado do Rio de Janeiro. Ideal para um fim de semana ... ou mais se quiser. Abaixo, o bairro de Alfama, as suas ruelas e as suas influências mouriscas confinam com o Chiado, as suas lojas e os seus Pastéis de nata, aqueles pequenos flans portugueses que o impedem de sucumbir a uma crise de hipoglicemia se já planeou jogar golfe. nos próximos quinze dias.

Verdes diabólicos

Bem, turismo, geopolítica, história ou filosofia, tudo bem, mas agora é a hora das coisas sérias: a bolinha branca. Com uns bons vinte campos de golfe nas proximidades da capital, o frenético 7 iron encontrará algo para matar sua sede de pântano… desculpe birdies. A apenas cinco minutos do aeroporto, o campo de golfe Belavista de 9 buracos permite o aquecimento até os mais impacientes. Para quem pretende seguir rumo ao sul e ao Algarve (2h30 de carro), é imprescindível uma paragem no percurso da Quinta do Peru (localizado a 40 minutos da capital). Com a serra da Arrábida como pano de fundo, os primeiros nove buracos são um agradável aperitivo. O retorno está claramente ficando mais difícil devido, em particular, aos verdes diabólicos. O buraco 18, um longo par 4 em subida, quase faria os greens de Augusta passarem pela planície do Pó. O autor dessas falas, que certamente não tem o putter de Phil Mickelson, ainda teve que fazer cinco vezes para colocar a bola no buraco! Para saber: através do site portugalgolfbooking (http://www.portugalgolfbooking.com/index.xhtml), a taxa verde é vendida por 58 euros em vez de 110 euros na casa do clube.

Oitavos, um tapa visual

Mas os mais belos campos de golfe da região estão, sem dúvida, localizados a meia hora a leste da capital. Em Cascais, o campo de golfe Oitavos se destaca e vai te surpreender. O que ainda faz o irlandês Paul McGinley - múltiplo vencedor da Ryder Cup como jogador e capitão - dizer que este campo "é potencialmente o melhor da Europa continental". Este elo, que margeia a costa atlântica à distância, também está classificado como 58e pela Golf Magazine, no top 100 dos maiores campos de golfe do mundo. Etapa do circuito europeu em 2007, o francês Raphaël Jacquelin havia terminado lá em segundo lugar e ainda embolsou o prêmio do vencedor, o amador espanhol Pablo Martin (primeiro sucesso de um amador no Tour Europeu).

O 14, buraco de assinatura, é a ocasião para um tapa duplo para os jogadores. O do vento, onipresente (um famoso spot de windsurf fica nas proximidades), que bate grande parte dos fairways. Mas também e acima de tudo um tapa visual! O green está localizado em um planalto, separado dos tees por uma pequena ravina. Arranhões e topos proibidos. Atrás da bandeira, você pode ver as falésias do Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa continental. Se de repente lhe vier a ideia absurda de ter a esperança de vislumbrar a América virando a cabeça para a esquerda, saiba que é uma perda de tempo ... mesmo com uma boa visão ou um rangefinder. Nós testamos para você.

Green fee de 110 euros durante a semana e "apenas" 70 euros para os hóspedes do hotel du golf (http://www.theoitavos.com/) Um hotel recente, com uma decoração ultramoderna, que oferece até a original possibilidade de fazer uma refeição na ... cozinha do restaurante. Você assistirá, ao vivo, à preparação de pratos na companhia de um chef francês particularmente afável.

Um aroma de pinhal e um aqueduto perto da bandeira

Ainda em Cascais, a dois passos do campo de golfe de Oitavos, seria uma pena desprezar o campo da Quinta de Marinha. Mudança de cenário aqui, com um campo mais parecido com os que podem ser disputados nas Maurícias ou no Caribe. Desenhado por Robert Trent Jones, este par 71 oferece alguns instantâneos de tirar o fôlego, como o buraco n ° 3, que parece encalhar no Oceano Atlântico. Uma experiência mágica que quase nos faz esquecer o balde de bolas a 6 euros ... Green fee a 95 euros, mas quase metade do preço para os hóspedes do hotel (http://www.quintadamarinha.com/en/Menu/Hotel/hotel.aspx).

Por fim, siga para norte, a cerca de vinte minutos de Cascais (e a 35 minutos de Lisboa), para mais uma joia do golfe, inserida nos altos relevos de Sintra: a Penha Longa. Projetado desta vez pelo filho Trent Jones, este campo acidentado e desafiador exala o cheiro de uma floresta de pinheiros. Tantas árvores, que vão preocupar os profissionais de enganchar e fatiar. Mas acima de tudo muita diversão e uma estética requintada, como o buraco nº 6, um par 5 que termina junto a um pequeno aqueduto romano. Green fee de 97 euros durante a semana, com possível redução para hóspedes do hotel (http://www.ritzcarlton.com/en/hotels/europe/penha-longa).

Frank Crudo